IDOSOS - A IMPORTÂNCIA DE HONRÁ-LOS

Um termômetro para avaliar a sabedoria e a maturidade de uma sociedade está relacionado com a maneira que esta valoriza os idosos e anciãos. A honra para com os mais velhos e o cuidado com aqueles que vieram antes de nós é fundamental. A sociedade que abandona e descarta o idoso está juntando os ingredientes certos para produzir fracasso.

Infelizmente, o Brasil tem falhado terrivelmente neste sentido! Muitos idosos que precisavam de cuidados emocionais e físicos estão abandonados. Uma reportagem recente da Gazeta do Povo (14/07/11) denúncia este problema. Veja um trecho dela:

“A responsabilidade dos filhos com os pais idosos já foi definida pelo Estatuto do Idoso e até pela Bíblia – “ampara o teu pai na velhice” é um das frases mais famosas do Eclesiastes –, mas, com as mudanças na demografia brasileira, há cada vez mais idosos – e cada vez menos jovens para cuidar deles. As relações intrafamiliares estão mais frágeis, devido aos múltiplos casamentos e divórcios, e o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho aos poucos extingue a figura da mulher do lar que cuida dos membros da família”

            Na reportagem, a demógrafa (referência na área de estudos sobre terceira idade) Ana Amélia Camarano defende que o Estado precisa ser mais ativo e encaminhar um cuidador remunerado para dar assistência ao idoso que tenha sido abandonado por sua família.

É vergonhoso para nossa sociedade que o descaso seja tão grande a ponto de existir a sugestão do Estado remunerar pessoas para executar a tarefa de cuidar de nossos idosos. Quantos se lembram do mandamento bíblico: “honrarás a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus” (Deuteronômio 5.16)?

Não devemos nos surpreender se a perspectiva de vida da população brasileira diminuir. Se, mesmo com medicamentos mais sofisticados, as pessoas não viverem tanto como no passado ou se, mesmo com um sistema econômico mais complexo, a miséria tomar conta da nação. Evidente que há um caminho de escape: o arrependimento sincero e a mudança de atitude.

Precisamos que uma mudança de mentalidade ocorra em nós. Todos os componentes da sociedade devem se alinhar no propósito de valorizar e honrar os idosos da nação! No livro de Levítico 19.32 está escrito: “honrarás a face do ancião”. Como seremos abençoados se assim fizermos!

DIRECIONAR O MUNDO, TAREFA NOSSA

Muitos cristãos permanecem alienados com relação as questões políticas e sociais. A igreja, de modo geral, não tem conselhos claros e inteligentes para dar ao governo e a sociedade. Como resultado, o mundo não recebe o direcionamento devido e caminha sem firmeza para destinos incertos. Semelhante a um viajante na escuridão, o mundo segue sem conseguir ver o melhor caminho, podendo acertar ou errar. Mesmo que acerte, poderá tropeçar ou cair em um buraco, o que trará prejuízo, ferimentos ou, no mínimo, atraso. Jesus ensinou que Seus seguidores eram a “luz do mundo” (Mateus 5.14). O mundo deseja enxergar com maior clareza. Precisamos lançar nossa luz, para que todos vejam.

Conforme Jesus falou, o lugar da lâmpada não é “debaixo de uma vasilha, mas no candelabro, e ilumina a todos que estão na casa” (Mateus 5.15). Isto significa que a luz não deve ser escondida, mas iluminar a todos. Iluminar a todos inclui a área política e toda sociedade! Cada cristão deve assumir uma posição de liderança diante do mundo, trazendo respostas e direção para os mais diversos assuntos e contextos.

O texto de Ezequiel 44.24 afirma que os sacerdotes deveriam “assistir” conflitos para “julgarem” cada um deles de acordo com a justiça de Deus. Antes de decidir qual lado estava certo, qual seria a melhor decisão a tomar, eles deveriam “assistir”, ou seja, precisariam analisar, compreender o que estava sendo disputado. Após esta primeira tarefa, eles poderiam concluir quem estava sendo lesado, quem estava agindo injustamente e qual era a melhor medida para acabar com o mal. É tarefa dos cristãos serem um referencial de imparcialidade e sabedoria no julgamento das questões.

Os seguidores de Cristo não devem se alienar das questões político-sociais, nem lutar por elas com violência. O apostolo Paulo disse que “As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus” (II Coríntios 10.4). Além da oração em favor dos governantes, se torna cada vez mais importante compreender os acontecimentos e julgá-los de acordo com os juízos de Deus!